JESUS ME SALVOU. E AGORA? – Texto Base: (Filipenses 2.12-18).
Introdução: O ser humano não consegue conquistar a salvação por seus próprios méritos. A vida eterna não pode ser obtida através de ameaças, chantagens ou barganhas. Nem tampouco pode ser comprada ou tomada a força. Além do
mais, a salvação não é um prêmio por nossas boas obras, mas um dádiva que Deus nos concede graciosamente. É obra de Deus, e não do homem. “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9
não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2.8-9). Portanto, a salvação é um presente que recebemos de graça. E ao reconhecer tamanha verdade, devemos nos perguntar: Já que somos salvos em Jesus, o que é que devemos fazer? O que é
que vem depois disso? Como devemos nos comportar perante esse lindo presente chamado salvação?
- A salvação deve ser desenvolvida (Vs 12-13): “12 Assim, meus amados, como vocês sempre obedeceram, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvam a sua salvação com temor e tremor, 13
porque Deus é quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”. A Bíblia é clara e direta, quando diz: “desenvolvam a sua salvação”. A salvação é um ato concreto e, ao mesmo tempo, um processo
contínuo (é o “já” e o “ainda não”). Ou seja, nós já fomos salvos, mas ainda estamos sendo aperfeiçoados. Fomos salvos da condenação do pecado (justificação), estamos sendo salvos do poder do pecado (santificação progressiva), e quando Cristo voltar seremos salvos da presença do pecado (glorificação). Por isso, desenvolver a salvação no tempo presente é o
mesmo que progredir em santificação. A experiência de conversão ao Evangelho nos permite viver o novo nascimento espiritual. Figuradamente, é como se tornássemos “bebês na fé”. No entanto, é antinatural ter o desejo de permanecer um “bebê” a vida inteira. Precisamos desejar o crescimento espiritual. Infelizmente, algumas pessoas após a experiência da conversão ao Evangelho, por falta de santificação e maturidade, permanecem por anos e anos na mesma condição de infantilidade. Dão trabalho para liderança, são hipersensíveis e vivem dependendo que outros limpem a sua própria
sujeira. Resumindo: é um “bebezão na fé”, mesmo tendo se convertido há anos. Se por um lado, Deus nos presenteou com a salvação, por outro, Ele também nos concedeu a responsabilidade de desenvolvê-la. Pois a graça de Deus não anula a responsabilidade humana. Portanto, a salvação recebida, deve ser também desenvolvida. E para isso, devemos trocar o “leitinho” por comida sólida (leia 1Co 3.2 / Hb 5.11-14). Por conseguinte, Paulo diz que a nossa salvação é desenvolvida com:
● OBEDIÊNCIA: Nossa obediência à Escritura deve ser fruto da consciência da presença de Deus, não dos homens.
● TEMOR: É demonstrar a Deus profundo respeito e reverência por meio do nosso modo de viver. Temor é amar a Deus
intensamente ao ponto de não desejar entristecê-lo. É ter sensibilidade para viver Sua vontade em todo tempo,
buscando glorificá-lo em cada ato. Além do mais, se a prática do pecado não mais te entristece é um sinal que você
perdeu o temor. Portanto, se arrependa! Pois a salvação não poderá ser desenvolvida se não houver temor no coração.
● BOA VONTADE DE DEUS: A ignição para o desenvolvimento da nossa salvação está em Deus. É Deus quem
desperta o desejo dele em nós. Primeiro Ele nos faz desejar a santidade, depois Ele nos habilita para poder vivê-la. Ou
seja, Deus coloca em nós o desejo, mas, também, a capacidade de realização. Esse é o “querer” e o “realizar” de
Deus em nossas vidas. - A salvação deve ser demonstrada (Vs 14-18): “14 Façam tudo sem murmurações nem discussões, 15 para que sejam
irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual vocês brilham
como luzeiros no mundo, 16 preservando a palavra da vida. Assim, no Dia de Cristo, poderei me gloriar de que não corri
em vão, nem me esforcei inutilmente. 17 Entretanto, mesmo que eu seja oferecido como libação sobre o sacrifício e
serviço da fé que vocês têm, fico contente e me alegro com todos vocês. 18 Assim, também vocês, pela mesma razão,
fiquem contentes e se alegrem comigo”. A salvação que recebemos, além de desenvolvida, deve ser demonstrada. A obra
salvífica de Cristo em nossas vidas deve ser visível, nítida e evidente por meio do nosso viver. Se toda a nossa vida foi
redimida pelo sangue de Cristo, devemos então demonstrar palavras, atitudes e motivações que, também, sejam
redimidas. Em seu texto, o apóstolo Paulo citou alguns exemplos de como demonstrar a salvação que recebemos:
● (V14) PAREM DE RECLAMAR E DISCUTIR: Os salvos não vivem reclamando, mas demonstram constante
gratidão, conscientes de que esta é a vontade de Deus (1Ts 5.18). Quem é salvo não fica “batendo boca”, participando
de tretas desnecessárias ou se envolvendo em debates infantis, inúteis e intermináveis (leia 2Tm 2.24 / Rm 12.28).
Salvação se demonstra com menos reclamação e mais ação de amor.
● (V15) MANTENHAM UM BOM TESTEMUNHO: Ser irrepreensível e puro não significa ser perfeito. Mas é ser
alguém livre de culpa e censura. É ter uma vida reta diante das pessoas, não dando motivos para que nos acusem de
coisa alguma. O bom testemunho cirstão deve ser real no meio de pessoas pervertidas e corruptas. Nossa vida deve ser
um farol de esperança para aqueles que estão naufragando no mar da perversão. A simples presença de um cristão
deve ser um sinal da beleza de Deus em meio a um mundo descaracterizado pelo pecado. Portanto, a nossa salvação
deve ser demonstrada com bom testemunho. Você tem feito isso?
● (V16) PRESERVEM A PALAVRA: Os salvos preservam a Palavra de Deus. Assim como disse o salmista: “Escondi a
tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” (Sl 119.11). Quem preservar a Palavra também será
preservado por ela. (Mt 7.24-26 / Jo 5.39 / Jo 8.31 / Hb 4.12 / 2Tm 3.16-17).
● (Vs 17-18) COMPARTILHEM A ALEGRIA DE CRISTO: Uma das melhores maneiras de demonstrar que a salvação
nos alcançou, é quando temos facilidade de compartilhar alegria. Apesar de enfrentarmos dores e aflições, nossa
alegria permanece imperativa e cristocêntrica. A alegria que carregamos é proveniente de uma forte convicção de fé, e
de uma segurança espiritual em Deus. Sendo assim, o cristão não depende de circunstâncias perfeitas para poder se
alegrar em Deus. Isso mesmo! A alegria cristã é ultracircunstancial. Portanto, os salvos compartilham a incomparável
alegria de Cristo (leia Ne 8.10b / Fp 4.4 / Rm 14.17). - Reflexão:
1 – Você tem convicção da sua salvação em Cristo?
2 – A salvação que você recebeu de graça, mediante a fé, está sendo desenvolvida?
3 – Você tem demonstrado a salvação que recebeu por meio do seu bom testemunho diário?
Pr. Douglas Panta – Batista do Amor – Setor Centro.