Texto base: Romanos 5.1-11
Versículos chaves: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo […] Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação” (vs. 1, 10 e 11).
Introdução: O assunto da carta aos Romanos é a justiça pela fé em Jesus Cristo. E o texto base do nosso estudo é a justificação pela fé e paz com Deus. Sim, a reconciliação é resultado da justificação que obtemos, pela fé, em Cristo. Por Seu sangue nos tornamos justos e, imediatamente, fomos conduzidos de volta ao relacionamento com o Pai. Recebemos a reconciliação. Aleluia!
Reconciliar significa estabelecer paz entre inimigos; tornar amigos; fazer as pazes. O homem precisava fazer as pazes com Deus, pois, o pecado o tornou inimigo dEle. Mas, o Evangelho manifesta a justiça (Rm 1.17), através da qual fazemos ‘as pazes’ com o Pai, pois, o véu da lei do pecado e da morte é retirado e podemos ser amigos de Deus.
Sabe o que o isto significa? Que éramos por natureza filhos da ira (Ef 2.3), inimigos de Deus (Cl 1.21); que havia um véu que nos separava da presença de Deus; que estávamos ‘de mal’ com Deus e, por isso, estávamos mal demais! Porém, Deus tomou a iniciativa e, por meio de Jesus, nos reconciliou consigo mesmo. Existe um recomeço! Aleluia!
Quando reconciliados, obtemos paz com Deus e recebemos um ministério (serviço), o da reconciliação. Recebemos, também, a palavra da reconciliação. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (II Co 5:18 e 19).
Se nós, sem merecermos, fomos reconciliados com Ele, então, agora, é incoerente não nos reconciliarmos uns com os outros. Quanto mais verticalidade, mais horizontalidade; quanto mais devoção, mais comunhão. Assim, a nova criatura, em Cristo, não pode mais viver com os sentimentos do passado, pois, o Senhor não nos chamou para vivermos ressentidos e amargurados.
Um dos maiores entraves que existe na vida de uma pessoa chama-se: mágoa. Literalmente a pessoa fica presa, sem paz, como se bebesse algo amargo esperando que o ‘desafeto’ sentisse o fel. Com o tempo, esta pessoa torna-se amargurada e vai ficando emocionalmente desequilibrada. É a principal causa de doenças psicossomáticas.
Em Cristo, declare:
“Longe de mim, toda amargura, e cólera, e ira” (Ef 4.31)
“No conflito, haverá ao menos um sábio entre nós, e esse serei eu” (I Co 6.5)
“Não vou me irar, porém, se acontecer, vou consertar antes do sol se pôr sobre a minha ira” (Ef 4.26)
“Já que a minha ira produz a minha justiça e não a de Deus, então, eu escolho a justiça de Deus” (Tg 1.20)
“Sou ‘pequeno Cristo’: quando ofendido não revidarei com ofensa, quando maltratado não farei ameaças” (I Pe 2.23)
“Serei o mais espiritual e tomarei a iniciativa da reconciliação: vou perdoar ou pedir perdão primeiro” (Lc 6.37)
“Se possível, quanto depender de mim, terei paz com todos os homens” (Rm 12.18)
03 ATITUDES PARA VENCER A MÁGOA (ou seja, parar de tomar esta ‘má – água’) E RECONCILIAR-SE:
- Abrir mão da justiça própria: esta é a raiz de todo ressentimento e de todo espírito irreconciliável. Ex.: A postura do irmão mais velho do filho pródigo (Lc 15.28).
- Perdoar: não é esquecer, mas, poder lembrar sem dor. Não é um sentimento, mas, uma decisão. Ex.: O credor incompassivo foi perdoado de uma dívida impagável, mas, não perdoou uma dívida pagável (Mt 18.21-35).
- Entregar-se àquele que julga retamente: não é entregar o outro a Deus para ser punido, mas, sim, se entregar a si mesmo a Deus, ao Seu infinito amor. Ex.: o amor que vem de Deus não se ressente do mal (I Co 13.5).
Pastor Ricardo Arturo Tatis Batista – Igreja Batista do Amor