“A MISSÃO CONTINUA” (Marcos 16.14-20)
Versículo chave: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (vs. 15).
Introdução: Jesus havia ressuscitado e, agora, estava prestes a subir ao céu para se assentar à destra do Pai. Porém, antes, disse aos discípulos: “pregai o evangelho”. Aquele que nasceu de novo fez de Jesus seu Salvador e, também, seu Senhor. Portanto, esta fala não é um pedido, uma solicitação, mas, uma ordem. A nossa origem, como igreja, se deu porque Deus tirou um casal da ‘zona de conforto’, para voltar à cidade de Uberlândia e cumprir a ordem, continuar a missão. Mesmo querendo ficar em BH, porque lá tudo estava bom, havia algo excelente a ser realizado, pelo casal, na ‘Terra Fértil’. Então, o Pai se encarregou de conduzi-lo ao centro de Sua vontade. Glória a Deus por isso!
Pessoas simples e comuns podem cumprir esta missão: acredite, Ricardo e Ana não são melhores do que você, eles não são, em si mesmos, especiais, eles não são perfeitos, na verdade, são improváveis que se tornaram filhos amados do Pai e sabem que, realmente, o que tem de especial é a presença de Deus e o Perfeito habitando neles e em seu meio. Acredite, não houve uma grande cruzada, não houve um grande pregador eloquente, não houve a plantação de uma grande escola bíblica teológica, no nascimento da Igreja Batista do Amor. Houve, sim, uma semente, uma Célula cheia de amor, para dar de graça aquilo que de graça recebeu. Pessoas assim como nós são chamadas (I Co 1.26-29).
Três atitudes de pessoas comuns para cumprir a missão do Senhor:
- Crer: vivemos dias em que algumas pessoas dizem crer, porém, não confiam, não acreditam. “Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (II Cr 20.20b). Infelizmente, para estas pessoas não basta uma direção, na Palavra, dada por um pastor, por um líder espiritual. Querem mil e uma razões para atender à vontade de Deus. Quando cremos, de verdade, recebemos a justiça e a esperança. Abraão simplesmente creu e foi justificado (Rm 4.3), creu e se manteve esperando mesmo contra a esperança (Rm 4.18). Reflexão: Você sabia que o Ricardo e a Ana, em BH, acreditaram na pregação que era ministrada? Que acreditaram ser o seu campo missionário o lugar onde trabalhavam, estudavam e viviam? Que acreditaram na integralidade como cristãos, discípulos, pois, não deixam de ser e fazer a obra quando estão em outro lugar que não seja o prédio da igreja? Você acredita também? Isto o encoraja?
- Comprometer-se: Comprometimento é o que distingue os empreendedores dos sonhadores. O treinador cristão de líderes John Maxwell disse: ‘Algumas pessoas desejam que tudo esteja perfeito antes de estarem dispostas a se comprometer com qualquer coisa’. Jesus se comprometeu com a missão do Pai de vir ao mundo, quando esse estava em caos. Jesus nos amou quando nós éramos pecadores (Rm 5.8). Lembre-se: o comprometimento, porém, sempre precede a conquista. Jesus sabia pelo que valeria a pena morrer, até porque, todos nós dependíamos do cumprimento de Sua missão até a morte e essa de cruz (Fp 2.8). Reflexão: Você sabia que o Ricardo e a Ana, no início do ministério em Uberlândia, mesmo diante das inúmeras limitações não esperaram estar tudo ‘certinho’ para começarem a se entregar à obra? Você sabia que eles desejavam a vinda de pastores de BH para assumirem a direção da nova igreja e estes, até hoje, não chegaram? Você está esperando alguém se levantar para ser anfitrião ou líder da nova célula? A história do Ricardo e da Ana o encoraja?
- Renunciar: Quando falamos em missão, nos lembramos de movimento, de ação, de fazer algo. E é isso mesmo! Porém, às vezes, a missão estará mais associada ao que não fizemos do que propriamente aquilo que fizemos. Sim, porque para cumprirmos uma missão precisamos de concentração. Em alguns momentos precisaremos dizer ‘não’ aquilo que pode nos roubar o propósito ou nos afastar dele. O pr. americano Bill Hybels falando sobre o chamado e o foco de alguns grandes líderes cristãos que conheceu, disse: “Quando os felicito por terem realizado tanto, rapidamente me lembram de tudo que não realizaram. ‘Bem’, dizem, ‘se você soubesse de todas as oportunidades ministeriais que rejeitei, provavelmente não estaria me cumprimentando!’”. Reflexão: Você sabia que o Ricardo renunciou o curso formal de Teologia, para poder se dedicar ao pastoreio de um pequeno rebanho, a primeira célula da IBA? Você sabia que o Ricardo e a Ana abriram mão de atividades seculares e paraclesiásticas, ou seja, atividades cristãs paralelas à igreja, a fim de obterem tempo para o pastoreio da IBA? Precisamos renunciar a tudo: trabalho, convívio familiar etc. para realizarmos a missão? O que precisamos renunciar?
Pr. Ricardo Arturo Tatis Batista – Igreja Batista do Amor