Texto base: I Coríntios 11.23-26. Versículo chave: “e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim” (vs. 24).
Introdução: Domingo, dia 07/03, celebramos a Ceia do Senhor em nossa igreja.A Ceia é uma das ordenanças de Jesus, porém, diferentemente do Batismo, que acontece uma só vez, porque celebra-se a inclusão na igreja, a Ceia acontece várias vezes, porque celebra-se a comunhão na igreja, até que Ele venha. Jesus disse: “fazei isto em memória de mim”,por isso, é um memorial, um relato de memórias de algo relevante que aconteceu, do qual não podemos nos esquecer: Jesus morreu!
Temos facilidade de nos lembrar daquilo que deveríamos nos esquecer, e de nos esquecermos daquilo que deveríamos nos lembrar. Precisamos trazer à memória o que nos pode dar esperança. A Ceia nos lembra de que Deus não ficou sem saber o que fazer, surpreso com o pecado de Adão; sendo Ele preexistente, já tinha um plano de redenção para o homem caído: um plano letalmente vital. Letal para o Cordeiro morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8) e vital para os pecadores.
“Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos” (Isaías 53:10).
A Ceia não é apenas uma lembrança “do que aconteceu”, mas, especialmente, uma lembrança “do porquê aconteceu”. Por que Jesus morreu? Em João 15.13, Efésios 5.2 e, ainda, em João 3.16, que diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, não há dúvida sobre a razão pela qual Jesus se entregou por nós, morrendo no madeiro.
Jesus morreu por amor. Saber disso faz toda a diferença! Antes vivíamos no medo e debaixo de acusação, porque erámos filhos da ira, inimigos de Deus. Mas, agora, sabemos que Deus não está irado conosco: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I João 4.10). Agora, não somos mais mal-amados, ressentidos, buscando insuficientemente aprovação dos homens e exaustivamente um amor maior que nos autoafirme. Ele morreu de amor por nós! Aleluia!
“O que aconteceu?” e “Por que aconteceu?” são reflexões da Ceia do Senhor. Mas, ainda há outra reflexão: “Para que aconteceu?”, “para que Jesus morreu?”, qual o objetivo do plano letalmente vital de Deus para o homem? Devemos cear anunciando que Jesus morreu para:
- Nos salvar do pecado e da morte (Rm 8.2 e I Co 15.3)
- Nos livrar do pavor da morte (Hb 2.14,15)
- Cancelar o escrito de dívida (Rm 8.1 e Cl 2.14)
- Nos curar (I Pe 2.24)
- Nos desarraigar deste mundo perverso (Gl 1.4)
- Nos fazer assentar nos lugares celestiais e reinar em vida (Ef 2.6; Rm 5.17 e Ap 1.5,6)
- Nos fazer um com Ele e um com o irmão (Jo 17.21)
Conclusão/Reflexão: Devemos “fazer isto” continuamente; um memorial feito em comemoração não em sacrifício, pois, se o que Jesus fez não for suficiente, nada mais o será; nos posicionando em Cristo, para uma nova vida, e nos apropriando do que Ele conquistou, para não tornarmos a graça (morte) dEle vã. Qual objetivo redentor de Deus tem sobressaído em sua vida? Qual desses não tem sido anunciado em sua vida?
Pr. Ricardo Arturo Tatis Batista
Igreja Batista do Amor