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DESAFIO DA GRAÇA – Parte I – Desafio da Fé

Ler Gl 2.14-21 Vs. chave: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (vs. 20)

Introdução: Na carta aos gálatas, Paulo estava determinado a defender a verdade do Evangelho que estava sob ameaça de versões legalistas de falsos mestres (judaizantes). “Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho…” (vs. 14). A verdade do Evangelho é a graça e não a lei; é uma carta escrita pelo Espírito nos corações e não em tábuas de pedra; é a palavra da Cruz, a obra de Cristo e não as obras da lei. O Evangelho gira em torno de uma Pessoa: Jesus! Assim, somos desafiados a crer e receber e não a fazer e merecer. O desafio da graça é, primeiramente, o desafio da fé.

A justificação pela fé. Justificação é o ato através do qual Deus declara o pecador justo. Como um pecador pode ser justificado diante de um Deus Santo? Somente pela fé! Este foi o lema da Reforma Protestante e é o lema da vida cristã. Não há outro fundamento! “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor” (vs.18). Para um homem ser justificado pelas obras da lei, esse deveria cumprir toda a lei (Gl 3.12 e Tg 2.10). Porém, sabendo que um homem não é pecador porque peca, mas peca porque é pecador, logo, a lei jamais poderia justificá-lo, por causa da carne pecaminosa (Gl 3.10 e 11). Mas, o que se tornou impossível à lei, Deus fez pela graça, quando enviou o seu próprio Filho e colocou os nossos pecados sobre Ele e depositou em nossa conta a justiça de Cristo. É um ato de Deus, não o resultado do caráter ou das obras de um homem. Para andarmos debaixo da graça, temos que andar debaixo de fé.

Não anulo a graça de Deus. Se devemos fazer isso, não fazermos aquilo, cumprirmos estes mandamentos, não quebrarmos aqueles e sermos bons o suficiente para sermos aceitos pelo Pai e recebermos o Seu favor, então, Cristo morreu em vão (vs. 21). Só existem dois tipos de justiça: a que vem da lei e a que vem da graça. A primeira vem de obras, requer justiça própria; a segunda vem da fé, requer crer e receber a justiça de Cristo. A primeira atrai maldição (Gl 3.10) e a segunda atrai bênção (Hb 4:16). Uma das armas do inimigo é gerar dúvida no coração de um filho. Dúvida de que o Pai o ama, de que o Pai quer favorecê-lo, e de que a obra de Cristo foi suficiente. Assim, de forma sutil, ele faz com que um cristão pense que precisa conquistar o amor do Pai; que deve ser bom para merecer o favor do Pai e, finalmente, torna vã a morte do Filho. Como isso acontece? Com legalismo religioso que alimenta a carne e o ego. Com “um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gl 5.9). Para andarmos debaixo da graça, temos que andar debaixo de fé.

Na carne, vivo pela fé no Filho de Deus. Esta não é uma das formas do cristão viver; é a única. Quanto mais vivemos no legalismo religioso, mais alimentamos a carne. A lei veio para avultar o pecado e esse alimenta a carne. A carne escraviza o homem. Mas, a graça foi superabundante e reina pela justiça. Como Cristo, por amor, se entregou por nós, morreu pelos nossos pecados e cancelou o escrito de dívida que era sobre nós, agora, não precisamos mais viver como se fôssemos devedores da carne (Rm 8.12). Isto é graça! Pela fé, nos identificamos com Jesus em Sua morte pelo batismo (Rm 6.3). Nossa carne foi crucificada; morremos para a lei, para o pecado e para o mundo, mas, pela fé, vivemos para Deus. Viver pela fé em Cristo é a garantia de que tudo o que Ele fez foi suficiente, de que perder uma vida contaminada pelo pecado foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, que Ele vive em nós e podemos viver vitoriosos. Voltar para Moisés é voltar para o cemitério. Para andarmos debaixo da graça, temos que andar debaixo de fé.

Conclusão: A graça é tudo (Sl 63.3). Não há nada mais importante do que a salvação e essa só se recebe pela graça, mediante a fé (Ef 2.8). Mas, também, pela graça, somos chamados (Gl 1.15), somos empoderados (I Co 15.10), crescemos (II Pe 3.18), somos fortalecidos (II Tm 2.1), e encontramos socorro (Hb 4.16). O Desafio da Graça é, então, o Desafio da Fé, não só para sermos salvos, mas, para vivermos salvos; para não misturarmos graça com lei, antes, crermos que se a lei diz “faça”, a graça diz “Ele já fez!”. E não nos acharmos insensatos como os gálatas (Gl 3.1), deixando de contemplar, pela fé, a Cristo crucificado. Como disse o escritor cristão Max Lucado: “Nossa fé não merece o amor de Deus mais do que a nossa estupidez o põe em risco”. Lembre-se: É impossível, mas Deus pode!

Pr. Ricardo Arturo – Igreja Batista do Amor

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