“Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).
Contextualização: Profeticamente, 2020, para nós, é o Ano da Graça. Quando falamos do Evangelho de Cristo, naturalmente falamos do Evangelho da Graça. A palavra “Evangelho” significa “Boas Novas”. Portanto, é a boa notícia de salvação, de redenção obtida pela graça. Evangelho é graça, e graça não é teologia ou doutrina, mas, uma pessoa: Jesus. “[…] a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17b). Pontuaremos alguns aspectos do início da Série “O Evangelho da Graça”, lembrando que cada livro enfatiza um atributo único do caráter de Cristo. A representação simbólica do leão, representando a força, do boi representando o serviço diligente, do homem representando a inteligência, e da águia representando a divindade, vieram da visão dos quatro querubins que o profeta Ezequiel teve (Ez 1.5-12). Os patriarcas da Igreja Primitiva viam uma conexão entre estes seres e os quatro Evangelhos, respectivamente.
Evangelho de Marcos: O autor foi João Marcos. O livro foi escrito entre 65 e 68 d.C., no reinado de Tibério César, imperador romano. Os gentios, cristãos romanos, foram os destinatários de Marcos. O propósito do evangelista foi o de contar as Boas Novas de Jesus e apresentar a Sua pessoa e obra, comunicando de forma singela a verdade. No segundo Evangelho, Jesus é apresentado como Servo do Senhor enviado e a figura simbólica que O representa é a do boi. Foi o primeiro Evangelho a ser escrito e é o que mais segue a ordem cronológica dos fatos. É o mais breve, simples e direto, porém, sua narrativa é a mais viva e com mais detalhes das expressões passionais de Jesus (Mc 3.5; 7.34; 10.21). É um livro de atos mais do que palavras, por isso, não contém longos discursos e há poucas parábolas. A ênfase foi mais naquilo que Jesus fez do que naquilo que Ele ensinou, evidenciando episódios que Jesus operou milagres. É Jesus em ação! Mas, Marcos consegue não só encorajar os cristãos romanos como provar que Jesus é o Messias. Pois, quem faria tais obras, senão o Servo do Senhor?
O Esboço do Livro: O Nascimento e a Preparação de Jesus, o Servo (Mc 1.1-13): Ele omite o nascimento de Jesus, primeiramente, porque o apresenta como servo, sendo desnecessária genealogia. Em segundo, pois, os romanos não se importavam tanto como genealogia, quanto se importavam com poder. Em apenas treze versículos, Marcos fala da pregação de João Batista, do batismo e da tentação de Jesus. A Mensagem e o Ministério Jesus, o Servo (Mc 1.14-13.37): Nesta maior seção, Marcos fala do ministério público de Jesus na Galileia, fora da Galileia e em Jerusalém. A maior parte do ministério de Jesus se deu na Galileia, onde Ele andava suprindo as necessidades físicas e espirituais de um povo sofrido, para salvá-lo. O ponto de partida foi Cafarnaum, onde viveu, mas, também esteve em Betsaida, onde curou um cego (Mc 8.22ss), Genesaré, onde realizou muitas curas (Mc 6.53ss). A Morte e a Ressurreição de Jesus, o Servo (Mc 14.1-16.20): tudo muito dinâmico para se checar a um clímax, um ápice: a morte e ressurreição do Cristo. Jesus veio como servo, por esta razão, muitos não o reconheceram nem o aceitaram como Messias. Mas, não há dúvida de que este Evangelho revela a graça de Deus, através do Servo conquistador (da tempestade, dos demônios, das enfermidades e da morte), do Servo sofredor (por causa dos nossos pecados) e do Servo triunfante que morreu e depois ressuscitou, vencendo a morte. Aleluia!
Reflexão: Se resumíssemos Marcos em um só versículo, este seria: Marcos 10.45. Leia-o e comente: o que esta graça resgatadora do Servo Jesus deve produzir em sua vida? Conforme Marcos 16.15-18, no que esta obra do Servo Jesus o empoderou a fazer?
Pr. Ricardo Arturo T. Batista – Igreja Batista do Amor