Texto base: I Coríntios 1.1-9.
VersícuIos chaves: 4 e 5
“Raio X” de I Coríntios: Autor: Paulo. Data: 56 d.C. (3ª viagem missionária). Destinatário: Igreja de Corinto e todos os cristãos. Propósito: Identificar problemas na igreja de Corinto, dar soluções e ensinar aos crentes como viver para Cristo em uma sociedade corrupta.
A Cidade de Corinto: era capital política da Acaia (Grécia antiga). Cidade portuária, cosmopolita, a mais daquela região, pois controlava rotas comerciais, além de ser um centro industrial especializado em cerâmica e também um centro cultural. Lá havia a acrópole que, em épocas antigas, sustentava um templo de Afrodite, deusa do amor sexual e da beleza. Esta cultura pagã, contribuía para a imoralidade na cidade.
A Igreja de Corinto: era nova, nas casas, que foi iniciada por Paulo em 50 d.C., durante sua 2ª viagem missionária. Atos 18 fala do nascimento da igreja em Corinto, quando Paulo chega à cidade e encontra um casal judeu (Áquila e Priscila), passando a morar com eles. Fala também sobre a sua entrada na casa de Tício Justo, providencialmente, à frente da sinagoga. A igreja era formada por judeus e gentios convertidos de várias camadas sociais.
O Objetivo da Carta: foi, principalmente, o de corrigir o erro causado não tanto pela heresia, mas pela carnalidade dos crentes coríntios. Por isso, esta epístola expressa a santa indignação de Paulo por causa da condição imoral deles. O esboço simplificado é:
1) Paulo trata dos problemas da igreja (cap. 1-6), sendo que dois dos principais eram divisões na igreja (I Co 1.10) e desordem na igreja (I Co 6.1,12 e 13).
2) Paulo responde perguntas da igreja (cap. 7-16), sendo que as principais eram: instruções acerca do casamento cristão, da liberdade cristã, da adoração pública e da ressurreição.
Carta da Graça, sim! Divisão é sem graça; imoralidade é sem graça; inveja é sem graça, desordem é sem graça. Mas, está escrito: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Pode crer, em Corinto, havia muita graça. Por isso, Paulo começa sua carta dando ações de graças a Deus a respeito daqueles irmãos, pela graça que eles receberam abundantemente, sendo enriquecidos no Senhor que os supriu, inclusive, com muitos dons.
Quem ama corrige e admoesta; isto é expressão da graça. Paulo os admoesta como pai: “Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar; pelo contrário, para vos admoestar como a filhos meus amados […] pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores” (I Co 4.14-16).
Carta memorial: “Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei” (15.1). Esta carta da graça não foi enviada simplesmente para dizer: “faça isso, não faça aquilo”, mas para lembrá-los do que se esqueceram (identidade em Cristo, em Sua morte e ressurreição).
Poema do amor (I Coríntios 13): O amor de Deus é a maior expressão de Sua graça. A quem muito se perdoou, muito se amou (Lc 7.36-50), muito se empoderou, pois, o amor (a graça) empodera os que creem. Sem amor, o dom perde o valor. Sem amor não há Evangelho, sem amor não há conhecimento de Deus (I Jo 4.8).
Pr. Ricardo Arturo T. Batista – Igreja Batista do Amor