Texto base: (Mateus 4.18-20) “Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.”
Introdução: Jesus enquanto passava às margens do mar da Galiléia viu os irmãos Pedro e André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, imediatamente deixaram as redes e o seguiram”. Se analisarmos atentamente veremos que muitos discípulos de Cristo eram pescadores. No entanto, a grande questão é: Por que Jesus chamou tantos pescadores? A resposta se dá pelo fato dos pescadores possuírem características muito significativas para o trabalho do Reino. Eram homens experientes, habilidosos e dedicados à profissão. Pedro e André estiveram com Jesus antes de serem chamados (Jo 1:35-42 ) e, por isso, tinham convicção de que a vida ao lado do Mestre seria infinitamente melhor do que tudo que haviam vivido até então. Cabe salientar que a alimentação básica da maioria dos Galileus consistia especialmente em peixe, trigo e cevada. Os pescadores desempenhavam papel central na economia e podiam alcançar um bom nível de vida para os padrões de sua cultura. Portanto, eles não estavam simplesmente abandonando o ofício porque não trazia lucro. Mas o coração desses homens estava tomado de uma convicção tão forte, que não hesitaram em seguir Jesus. Eles deixaram tudo para segui-lo.
Entendendo um pouco sobre o contexto dessa passagem, vamos nos deter apenas no verso 19 onde encontramos três relevantes pontos em nossa caminhada cristã: Convite – Processo – Propósito.
1. Convite: “Vinde após mim…”. Jesus realiza um convite inicial de descanso e refrigério a todos que estão oprimidos e sobrecarregados (Mt 11.28). No entanto, quando avançamos na jornada da vida cristã, somos encorajados a avançar e, portanto, recebemos um convite radical: “Vinde após mim” (Mt 4.19). O primeiro convite não nos custa nada, mas o segundo nos custa tudo! Isso implica em renúncia (Lc 14.33) e convicção quanto ao chamado de Deus (Mt 16.24). Somente aqueles que aceitarem o convite inicial e, posteriormente, o radical poderão ouvir o maravilhoso convite eterno: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde antes da fundação do mundo” (Mt 25.34).
2. Processo: “e eu vos farei…”. Aquele que nos convida (Jesus) é o mesmo que nos prepara e capacita por meio do processo. Cristo nos coloca na jornada do amadurecimento onde nosso caráter é completamente forjado (Fp 1.6). Nessa fase, alguns chegam a ficar perplexos, pois o processo, às vezes, é doloroso. No entanto, não podemos chamar de problema o que Deus decidiu chamar de processo. Portanto, não desista! Pois aquilo que não tem poder para te destruir, sem dúvidas, te deixará mais forte e mais bem preparado para cumprir o propósito de Deus (Tg 1.2-4).
3. Propósito: “pescadores de homens”. Quando se trata de via cristã, propósito não é um mero desejo humano, mas um desígnio de Deus. Somente aqueles que aceitam o convite e vivenciam o processo estarão preparados para cumprir o propósito. E o propósito central na vida cristã está diretamente ligado à proclamação do Evangelho e salvação dos perdidos. O apóstolo Pedro é um exemplo de quem vivenciou todas as etapas. Ele recebeu o convite (Mt 4.18-19), passou pelo processo (Mt 26.75 / Jo 21.17) e exerceu o propósito com muito êxito (At 2.37-41).
Conclusão: Como aqueles pescadores habilidosos e abnegados, assim o Senhor te vê. Ele quer forjar seu caráter, alinhar seu coração ao dele e te colocar dentro de um plano perfeito. Você só precisa dizer sim ao convite. Ele tanto nos amou que entregou o melhor, a saber, Cristo Jesus para morrer em nosso lugar. Portanto, Deus te chama para anunciar o Evangelho e fazer discípulo para Jesus (Mc 16.15 / Mt 28.18-20).
Pra Deisy Panta – Igreja Batista do Amor